28.8.12

Ajoelhou??? Tem que rezar!



Há alguns dias, venho me debatendo com essa idéia. Falar sobre liturgia.. Eu gosto..

Eu não to aqui para fazer sexo e nem apanhar, por apanhar.. isso qualquer baunilha pode fazer... Eu gosto da vivência. Do trato, da elaboração, das surpresas que uma D/s pode nos trazer.. das cenas em si..

Chamo, aos que respeito, de Sr e Sra.. é um hábito que tenho.. Tenho amigas Dommes, que falam para mim, que não é necessário, mas continuo fazendo da forma como gostaria, se eu fosse a Domme, fizessem comigo. Isso é respeito, não foi imposto pelo Dono.. nem por ninguém. Veio lá de dentro. E é natural.

O que seria o BDSM sem a liturgia?? Vejo muita gente brigando pq não quer.. pq não concorda. Eu vejo o BDSM, como um jogo.. por exemplo: Digamos que o BDSM é Volley.. e eu jogo, nas regras do Volley... pois seria uma confusão danada, jogar Volley com regras de Peteca... ou sem elas..

Um manda, o outro obedece.. é a regra básica..

Há um encontro, conversas e digamos, uma negociação.. Onde serão colocados todos os pós e contras. Limites.. Curiosidades. E tabus. E depois disso, a submissa fecha os olhos e se entrega.. a quem ela escolheu e confiou.

Não concordo com a máxima, eu mando e vc cala a boca.. Isso é absurdo, pq é uma relação. E todas as relações tem seus acordos.. Mesmo as baunilhas, tem.. so que na maioria das vezes, não são tão ousados para falarem sobre isso, como nós falamos em alguns contatos iniciais..

Eu acredito que as práticas desconhecidas a sub, que serão desenvolvidas, teriam que ser conversadas.. Por exemplo: Nunca fiz agulhas.. conheço algumas coisas a respeito, mas nunca fiz.. Não posso ter isso como um Tabu ou limite insuperável, pq não conheço.. Então, eu acredito que por causa disso, há de se ter conversas a esse respeito. Uma preparação, uma prévia, sei la...Pq como vou dizer se é ou não limite, se me desconheço dentro da prática????

Eu não calo, ou viro um objeto inanimado, para o outro usar dessa forma. O acordado, é válido, vai fazer quando e como quiser.. mas essa parte delicada no SM, sei não.. rs

Está na moda dizer: Colocou coleira, vc só tem um direito: Entregá-la.. Mas eu gostaria de saber se esse sonho é realmente vivenciado dessa forma.. mesmo em práticas que a pessoa não sabe se vai gostar/aguentar/suportar etc.. por puro desconhecimento.

Acho lindo.. mas quando a vivência é real.. contínua.. muita coisa muda e o escrito, quase sempre passa a valer muito pouco.. muito menos do que se gargareja por ai..

E voltando a falar de liturgia, cito o Mestre Jot@ “BDSM sem liturgia é tão somente sexo com porrada”.

bjs
ariska

2 comentários:

  1. Minha querida amiga...vc está acompanhando um momento meu...e lembro que disse (escrevi) a vc..."fulano não é bem o que eu quero mas vamos conversar e pode ser que..."...é isso aí...é conversando que a gente se entende.
    A negociação pode parecer interminável mas,no final, se concretizada favoravelmente,tem muita chance de tornar uma relação real,satisfatoria para ambos.
    Nunca tive pressa para trazer um escravo ao convívio da minha senzala.E o resulatdo(com ínfimas exceções) tem sido muito bom...
    Quanto ao "BDSM fast-food" não vejo mal nenhum nele DESDE QUE SEJA ESCLARECIDO DESDE O INÍCIO.Fazer cara de Dominação prometendo uma relação e não ir além da primeira sessão,aí é sacan...rsrsrsrsrsrs

    bjs

    M@G@

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